"Tua dor temperará o sabor de tudo que aspiras"

Noite

A noite começou e era uma pândega.
Gostei.
Nem tanto.
Esbarros não são toques.
Os arranhões não são marcas.
Não as desejáveis. Nem indesejáveis. Na verdade, nada.
Os susurros eram tantos, mas nem sei se eram para alguém ou para mim.
Sempre penso que para todo mundo e para ninguém, roda, roda de 0 a 360. Igual.
Meu ego não permite prazer com tamanho disparate.
Observo tudo ao mesmo tempo, mas não com tempo suficiente, para me lembrar depois.
Nem tempo suficiente para tornar meu alvo consciente de sua existência como tal. Nenhum deles. Mas, ironicamente, às vezes os que não são, são.
A noite é barata. Mas meu flerte é mais.
Barato, preguiçoso e desqualificado.
E eu, adepta aos sassaricos mentais, sempre peco por querer demais.
Quero esse, esse e aquele. E isso também!
A noite acaba.
Volto pra casa sem ninguém.
E o colchão, de solteiro, de repente é king size.
Chacoteia, boemia, chacoteia.

1 bla-blas:

Lais Mouriê disse...

Sabe, voltar sozinha nem sempre é ruim... ultimamente tenho preferido a me dedicar a casos que não marcam e arranhões que nam significam nada...

Gostei muito do teu modo de escrever, moça!

Bjinhos

 
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